Consulta pública aberta pela Conitec avalia a incorporação da finerenona ao SUS para doença renal crônica (DRC) associada ao diabetes tipo 2. A terapia pode retardar a progressão da DRC, reduzir complicações e diminuir a necessidade de diálise, aliviando a pressão sobre o sistema público de saúde.
Por que isso importa
- O Brasil tem 16,8 milhões de pessoas com diabetes, podendo chegar a 23,2 milhões até 2045; até 40% desenvolvem algum grau de comprometimento renal.
- Mais de 150 mil brasileiros dependem de diálise, e clínicas conveniadas ao SUS relatam dificuldades financeiras — quadro já chamado de “crise humanitária da diálise” pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
O que dizem os estudos com finerenona
- –23% no risco de desfechos renais;
- –20% no risco de progressão para diálise e/ou transplante;
- –30% de albuminúria (marcador de risco renal e cardiovascular) já no 14º dia, quando associada ao tratamento padrão.
“É fundamental avaliar novas tecnologias com base em evidências e no impacto real para pacientes e para o SUS”, afirma José A. Moura Neto, presidente da SBN.
Como participar da consulta pública
- Quem pode contribuir: profissionais de saúde, pacientes e qualquer cidadão.
- Prazo: até 11 de novembro.
- Onde: página da Conitec (link informado no comunicado: go.bayer.com/tlol1).
- Passo a passo: acessar o link → fazer cadastro → registrar sua contribuição (experiência clínica, dados técnicos ou relato de paciente/cuidador).
Em síntese: terapias que previnem a progressão da DRC podem adiar diálise, preservar rins e coração e reduzir custos — com potencial de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


