As autoridades de saúde do México confirmaram o primeiro caso humano de infecção pelo vírus da gripe aviária H5N1 no país. A paciente é uma menina de três anos, residente no estado de Durango, região norte do México, que permanece internada em estado grave.
O diagnóstico foi confirmado na última terça-feira (31), segundo comunicado oficial do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (4). Apesar da gravidade do quadro clínico, o ministério ressaltou que não há evidências, até o momento, de transmissão sustentada entre pessoas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o risco à saúde pública como baixo para a população em geral, reforçando que os casos humanos da doença continuam sendo raros e, geralmente, estão associados ao contato direto com animais infectados.
O avanço global da cepa H5N1
Desde 2020, uma variante mais agressiva do vírus H5N1 vem se espalhando por diversos países, afetando aves comerciais e silvestres, além de provocar infecções ocasionais em mamíferos — incluindo alpacas, felinos domésticos e, mais recentemente, bovinos. A confirmação da infecção em vacas no ano passado acendeu o alerta internacional, ampliando o monitoramento em regiões de produção agropecuária.
Durango, onde o novo caso foi registrado, tem a agricultura e o setor pecuário como pilares de sua economia, o que pode elevar o risco de exposição a animais potencialmente infectados.
Histórico no México
Este não é o primeiro registro de gripe aviária em humanos no México. Em 2023, o país notificou à OMS o primeiro caso mundial da variante H5N2 em humanos. A vítima, que faleceu devido a uma doença crônica, não tinha contato conhecido com animais, o que gerou preocupações na época sobre novas rotas de contaminação.
O que é a gripe aviária H5N1?
A gripe aviária H5N1 é causada por um subtipo do vírus influenza A e afeta principalmente aves, sendo altamente contagiosa entre essas espécies. Em humanos, a infecção é rara, mas pode ser grave ou até fatal. A principal forma de transmissão ocorre pelo contato direto com aves infectadas, seus excrementos ou secreções.
Os sintomas nos humanos podem incluir febre alta, tosse, dificuldade respiratória, dores musculares e, em casos graves, evolução para pneumonia e falência respiratória.
Prevenção e monitoramento
As autoridades mexicanas seguem monitorando o caso e reforçando as medidas de vigilância epidemiológica. O Ministério da Saúde também destacou a importância do controle sanitário no setor agropecuário, especialmente em regiões com maior densidade de animais de criação.
Especialistas continuam investigando a origem da infecção da criança, buscando entender se houve exposição direta a aves ou outros animais infectados.