Em alusão ao Outubro Rosa, o Ministério da Saúde deu início a uma grande mobilização nacional para ampliar o acesso a exames e diagnósticos de câncer de mama e de colo do útero. A ação faz parte do programa Agora Tem Especialistas e conta com 28 carretas de atendimento móvel, que já estão percorrendo as cinco regiões do país.
O foco da iniciativa é atender cidades do interior e regiões com escassez de serviços especializados, reduzindo o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo do mês, mais de 42,5 mil mulheres previamente agendadas serão atendidas, totalizando 130 mil procedimentos, entre consultas, exames e biópsias.
Os primeiros atendimentos começaram nesta sexta-feira (10), com 15 carretas distribuídas em 13 estados — entre eles Amazonas, Acre, Amapá, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Rio de Janeiro, Pernambuco e Goiás. Em 17 de outubro, outras 11 unidades serão enviadas a novos municípios, e no dia 24, mais uma carreta será instalada no Morro do Alemão (RJ).
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que está como ministro em exercício, a ação representa “a maior mobilização em defesa da saúde pública desde a pandemia”.
As unidades móveis são totalmente equipadas e contam com consultórios climatizados, salas de procedimentos, áreas de espera confortáveis, além de equipes multiprofissionais com médicos, enfermeiros, técnicos e agentes de saúde.
Entre os procedimentos oferecidos estão mamografia, ultrassonografia mamária e transvaginal, punção e biópsia de mama, colposcopia e exames anatomopatológicos. O objetivo é reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce, principais aliados no combate ao câncer de mama e do colo do útero.
A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AGSUS), com investimento de R$ 18,9 milhões.
Além das carretas, o programa Agora Tem Especialistas prevê 150 unidades móveis em funcionamento até 2026, além de mutirões, contratação de novos médicos, ampliação de cirurgias e a criação do Super Centro para Diagnóstico de Câncer, que contará com 121 novos aceleradores lineares até o fim de 2026.