O uso inadequado de antibióticos, seja pela automedicação ou pela interrupção precoce do tratamento, é um dos principais fatores que contribuem para o crescimento da resistência bacteriana. Segundo o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, essa condição pode causar até 40 milhões de mortes até 2050, tornando-se um dos maiores desafios de saúde pública global.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2022, o Brasil registrou mais de 85 mil amostras de bactérias resistentes a antibióticos, com o Paraná ocupando o segundo lugar no ranking nacional. A infectologista Flávia Cunha, do Pilar Hospital em Curitiba, destaca a importância da vigilância ativa para conter o avanço do problema.
A resistência ocorre quando bactérias previamente sensíveis a determinados antibióticos se tornam resistentes, muitas vezes devido ao uso indiscriminado desses medicamentos. Entre os principais erros cometidos estão o uso sem prescrição médica, a interrupção precoce do tratamento, a dosagem inadequada e o reaproveitamento de antibióticos guardados.