O governo federal realizou, no último fim de semana, o maior mutirão de cirurgias da história do Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizando 188 hospitais em todo o país. A ação integrou o programa Agora Tem Especialistas e contou com a participação de Santas Casas, entidades filantrópicas, hospitais universitários da Rede Ebserh e unidades federais ligadas ao Ministério da Saúde.
Ao todo, foram ofertados 61,6 mil procedimentos em todos os 26 estados e no Distrito Federal, incluindo 11,5 mil cirurgias eletivas, além de consultas especializadas e exames diagnósticos. A iniciativa teve como principal objetivo reduzir o tempo de espera por atendimento na rede pública, especialmente em áreas com demanda reprimida.
“Realizamos, neste sábado e domingo, o maior mutirão da história do Sistema Único de Saúde. Pela primeira vez, além dos hospitais universitários, as Santas Casas, hospitais filantrópicos e instituições privadas que atendem pelo Agora Tem Especialistas participaram de um esforço nacional conjunto. Esse é o SUS mostrando sua força e sua capacidade de mobilização”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Redução da demanda reprimida por cirurgias
A ação priorizou a realização de cirurgias nas áreas de gastroenterologia, urologia, ortopedia, cardiologia e cirurgias plásticas reparadoras, entre outras especialidades. Também foram ofertadas consultas e exames como ultrassonografias, tomografias, endoscopias, ressonâncias magnéticas e atendimentos especializados.
O mutirão ocorreu no sábado (13) e no domingo (14), atendendo exclusivamente pacientes do SUS previamente agendados. Somente as 134 Santas Casas de Misericórdia e hospitais filantrópicos realizaram mais de 9 mil cirurgias, com a participação de unidades localizadas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Entre os procedimentos realizados estiveram cirurgias bariátricas por videolaparoscopia, colecistostomias, plásticas abdominais, hernioplastias e vasectomias.
Também participaram do mutirão unidades federais como o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e os Hospitais dos Servidores, de Ipanema, de Bonsucesso, Cardoso Fontes, da Lagoa e do Andaraí, todos localizados no Rio de Janeiro.
Atuação dos hospitais universitários
Os 45 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, realizaram no sábado a terceira edição do Mutirão no Dia E – Ebserh em Ação. Em conjunto com três institutos e seis hospitais federais ligados ao Ministério da Saúde, a rede ofertou 2,2 mil cirurgias, 9,2 mil consultas e 40,7 mil exames em todos os estados brasileiros.
“A Ebserh está comprometida em enfrentar um dos maiores desafios do SUS, que é o acesso à atenção especializada. Esse esforço do governo federal tem também um valor enorme para a formação dos alunos de graduação, residentes médicos e multiprofissionais. O Dia E representa as universidades a serviço da vida e do programa Agora Tem Especialistas”, afirmou o presidente da Ebserh, Arthur Chioro.
Continuidade e ampliação do atendimento
As duas edições anteriores do Dia E – Ebserh em Ação, realizadas em julho e setembro deste ano, já haviam contabilizado mais de 46,7 mil procedimentos, reforçando o impacto da iniciativa.
A mobilização conjunta das redes hospitalares evidenciou o caráter interministerial e cooperativo do programa, ampliando o alcance do SUS e fortalecendo a capacidade do Estado de enfrentar filas históricas por atendimento especializado.
Criado para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, o Agora Tem Especialistas consolidou-se, ao longo de 2025, como uma das principais ações estruturantes do governo federal para ampliar e qualificar o acesso à saúde especializada.
Além dos mutirões, o programa inclui estratégias como carretas de saúde da mulher, oftalmológicas e de exames de imagem, ampliação do horário de funcionamento de serviços, formação e provimento de médicos especialistas e parcerias com hospitais privados para atendimento complementar ao SUS mediante compensação de dívidas com a União.
Com essas ações integradas, o programa tem promovido impacto direto na vida da população, reduzindo o tempo de espera, ampliando a resolutividade e garantindo mais acesso à assistência especializada pela rede pública de saúde.
Elisa Motta – Ministério da Saúde

