O Dia da Malária nas Américas, celebrado em 6 de novembro, destaca anualmente os esforços para prevenção, controle e eliminação da doença. Instituída pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 2007, a data busca ampliar a conscientização de governos e populações, reforçando o compromisso de erradicar a malária na região.
As ações seguem as diretrizes do Programa Global de Malária, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em conformidade com a Estratégia Técnica Global para a Malária 2016-2030, adotada pela Assembleia Mundial da Saúde e atualizada em 2021.
Em 2025, a campanha tem como foco o acesso universal ao tratamento, garantindo que todas as comunidades recebam assistência médica sem barreiras geográficas, sociais ou financeiras. O objetivo é fortalecer alianças nacionais, lideradas pelo Ministério da Saúde, e ampliar a cobertura de diagnóstico e tratamento em todo o país.
De janeiro a junho deste ano, o Brasil registrou uma queda de 23,38% nos casos de malária em comparação com o mesmo período de 2024 — um avanço significativo no controle da doença.
Para apoiar o monitoramento e a formulação de políticas públicas, o Ministério da Saúde lançou, em outubro de 2024, o Painel Epidemiológico da Malária, que reúne dados demográficos, distribuição geográfica e incidência da doença nos últimos 12 anos. Entre 2012 e 2024, o país registrou 2.086.622 casos, sendo 97% concentrados na região amazônica, além de 58.761 casos importados.
O ministério tem ampliado a aquisição e a distribuição de testes rápidos, a implementação da testagem de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e o uso da tafenoquina no tratamento da malária causada pelo Plasmodium vivax.
O Programa Nacional de Prevenção, Controle e Eliminação da Malária disponibiliza informações atualizadas no portal “Saúde de A a Z”. A malária tem cura e o tratamento é eficaz, gratuito e disponível pelo SUS. No entanto, o diagnóstico tardio pode levar à forma grave da doença e, em casos extremos, ao óbito.
Entenda a doença
A malária é uma infecção causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles — conhecido como mosquito-prego. A transmissão ocorre principalmente ao entardecer e durante a noite.
Os sintomas incluem febre, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, podendo evoluir para náuseas, vômitos e fadiga intensa. Em casos graves, há risco de alterações de consciência, convulsões, hipotensão e hemorragias.
No Brasil, a maior incidência ocorre na região amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Nas demais regiões, embora as notificações sejam menores, a letalidade é mais alta, exigindo atenção constante.
Entre as principais formas de prevenção individual estão o uso de mosquiteiros, repelentes, roupas que cubram o corpo e telas em portas e janelas.


