O São Paulo Futebol Clube informou, no último sábado (5/4), que o jogador Luiz Gustavo foi diagnosticado com tromboembolismo pulmonar após apresentar dores na região do tórax. O atleta foi avaliado pela equipe médica do clube e encaminhado ao Hospital Albert Einstein, onde exames confirmaram a doença. Ele permanece internado para tratamento e passará por novas avaliações nos próximos dias.
O que é tromboembolismo pulmonar?
Também conhecido como embolia pulmonar, o tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma condição grave caracterizada pela presença de um coágulo sanguíneo que obstrui uma artéria no pulmão. Em geral, esses coágulos se formam em outras regiões do corpo, como nas pernas, e se deslocam até os pulmões pela corrente sanguínea, bloqueando a oxigenação adequada do organismo.
A gravidade do quadro depende do tamanho e da quantidade dos coágulos, podendo levar à falência de órgãos ou até mesmo à morte súbita em casos mais críticos.
Sintomas e diagnóstico
Os principais sinais clínicos do TEP incluem:
- Falta de ar
- Dor torácica
- Tontura ou sensação de desmaio
- Taquicardia
- Respiração acelerada
O diagnóstico é feito por exames como ultrassonografia, tomografia (angiografia por TC) e eletrocardiograma. Segundo o pneumologista Jefferson Fontinele, o diagnóstico pode ser desafiador, especialmente em pacientes com histórico de imobilização recente.
Fatores de risco
Os fatores que favorecem a formação de coágulos são diversos e incluem:
- Idade avançada
- Cirurgias recentes
- Obesidade
- Gravidez e pós-parto
- Imobilização prolongada (viagens longas ou internações)
- Uso de medicamentos hormonais
- Doenças hematológicas ou renais
- Histórico prévio de trombose
Atletas de alto rendimento: por que estão em risco?
Embora a população geral esteja suscetível, atletas de alta performance como jogadores de futebol também podem desenvolver a condição devido à combinação de fatores como:
- Longos deslocamentos em aviões (com pouca mobilidade)
- Recuperação de cirurgias e lesões
- Uso de suplementos que alteram a viscosidade do sangue
- Desidratação intensa por esforço físico
De acordo com a cirurgiã vascular Aline Lamaita, “viagens longas com imobilidade e desidratação aumentam a viscosidade do sangue e favorecem a formação de coágulos”.
O caso de Luiz Gustavo serve como alerta para a importância da detecção precoce e tratamento adequado do tromboembolismo pulmonar, mesmo em indivíduos jovens e ativos.